sábado, 25 de abril de 2009

Artigo Bebé Saúde Maio 2009


Ligações familiares

Dê às crianças o tempo que elas merecem!

Pertencer a uma família é muito importante. Sentir-se integrado, amado e respeitado faz com que as crianças se desenvolvam saudavelmente. O ideal seria que todas as ligações familiares fossem estreitas e fomentadas. No mês em que se comemora o Dia Internacional das Famílias, fomos falar com a Dra. Alexandra Chumbo, psicóloga clínica da Estimulopraxis para saber como podem os pais criar bons laços familiares com os seus filhos.

“Para as crianças é fundamental a pertença a uma família. O primeiro grupo ao qual todos pertencemos ajuda as crianças a relacionarem-se posteriormente com outras pessoas e noutros contextos. São as ligações familiares que ajudam a criança a entender as regras e a perceber o que é bom e o que é mau… É através das ligações familiares que as crianças se sentem amadas, queridas e protegidas, sendo que estes sentimentos são essenciais para um crescimento em equilíbrio”, fundamenta Alexandra Chumbo.
Para que isto aconteça, é essencial que os pais estejam muito atentos às características de cada filho, exercendo a sua parentalidade ajustada à maneira de ser daquela criança. “Isto vai proporcionar que se criem laços fortes de amor, compreensão e protecção, pois se os pais estão atentos à maneira de ser da criança e tiverem isso presente, vão ser adequados com os filhos e vão estabelecer ligações fortes com eles. É importante dedicar tempo aos filhos, escutá-los, percebê-los mesmo no silêncio. Dar-lhes regras e fomentar a sua autonomia, acarinhar e corrigir…”, salienta a psicóloga clínica.

Erros cometidos pelos pais
O dia-a-dia apressado e a falta de tempo faz com que os pais, mesmo que inconscientemente, tomem algumas atitudes erradas.
“Um erro é escolher o caminho mais fácil, dar comida em vez de incentivar a que coma sozinho, arrumar o quarto dos filhos porque é muito mais rápido do que esperar que arrumem. Outra atitude a evitar é dizer coisas que não são verdadeiras, como por exemplo: «se não fazes assim já não gosto de ti» ou «pára com isso senão não jantas»… Isto desautoriza muito os pais”, reforça Alexandra Chumbo.

Comportamentos a fomentar
Para que os filhos cresçam cheios de virtudes e com um forte carácter, os pais devem transmitir-lhes valores como a generosidade, a amizade, a paciência, o auto-controlo, a auto-estima, a justiça, a obediência, a humildade, a sinceridade, o respeito, entre outros.
Cada membro da família tem o seu papel e o segredo é que cada um se mantenha nele sem querer inverter papéis. “É importante que os pais não sejam desautorizados em frente às crianças, mas também é bom dar espaço aos outros membros da família para que exerçam o seu papel mais descontraído junto da pequenada. O ideal é que as crianças convivam com a família envolvente percebendo sempre que quem tem a última palavra são os pais e são eles os responsáveis pelas regras básicas, pelas rotinas e pelas principais decisões da dinâmica familiar”, aconselha a psicóloga clínica da Estimulopraxis.
A relação com os tios e os avós
Os tios e os avós são muito importantes para as crianças e as crianças são ainda mais importantes para os tios e para os avós! “Cada família é única e cada criança é única. Por norma, podemos afirmar que as crianças beneficiam muito com a paciência e sabedoria dos avós, que vibram com a boa disposição da maioria dos tios. Habitualmente, aos avós, os netos fazem maravilhas, tiram-lhes uns anos das costas e fazem com que o tempo “voe”. Aos tios, as crianças ensinam muitas coisas, ajudam-nos a descontrair e a simplificar a vida”, diz-nos a especialista.
Caso os pais necessitem que os filhos fiquem aos cuidados de outros, devem dar-lhes as directrizes e esclarecer como costumam ser as suas rotinas: as horas de dormir, o que pode ou não fazer, o que pode comer, etc. Alexandra Chumbo explica-nos que “o que é bom para a Maria pode não ser bom para o Manuel e isso cabe aos pais decidir e passar essa informação. A quem fica a tomar conta da criança, é preciso dizer que deve seguir as indicações dos pais mas sem perder a sua individualidade e a sua espontaneidade. A vida dá-nos espaço de manobra e se existir bom senso, as crianças e os adultos entendem-se bem”.


Boas ligações familiares? É mais fácil do que parece

- A melhor solução é que trabalhe menos e passe mais tempo com os filhos! Às vezes, ter mais tempo implica fazer escolhas, acordar mais cedo, abdicar da hora de almoço, ser mais rápido na execução das tarefas… Quando isto é possível, é óptimo, porque as crianças precisam mesmo de passar tempo com os pais.

- O tempo passado deve ser de qualidade. É fundamental que todos os dias (ou quase todos!) brinque /jogue/ converse – conforme as idades e os gostos das crianças – pelo menos, durante 15 minutos. Durante este tempo, não pode haver televisão ligada, nem telefones a tocar, nem jantar para fazer, etc. Não é estar “ao pé de”, é “estar com”, que é bem diferente.

- As preocupações do trabalho devem ficar no trabalho. É muito importante que não se “descarregue” nos filhos, é fundamental que se ralhe quando merecem ouvir um ralhete e não porque a mãe está sem paciência porque o dia lhe correu mal no trabalho. É importante corrigir, mas porque a atitude não está certa e não porque se apanhou trânsito e chega a casa muito cansada para sorrir.

- Respire fundo, conte até 10 e recomece! Optimize o tempo em família, aproveite ao máximo para descontrair em conjunto, desfrute da companhia uns dos outros, aproveite para praticar desporto em família, passeie ao ar livre, faça programas culturais interessantes. Basicamente, procure fazer coisas que tragam sorrisos a todos e boa disposição, nomeadamente ao fim-de-semana para que se possam ir “carregando baterias” para a semana de trabalho.


DESTAQUES

“São as ligações familiares que ajudam a criança a entender as regras e a perceber o que é bom e o que é mau”


“Um erro é escolher o caminho mais fácil, dar comida em vez de incentivar a que coma sozinho, arrumar o quarto dos filhos porque é muito mais rápido do que esperar que arrumem”


“As crianças beneficiam muito com a paciência e sabedoria dos avós e vibram com a boa disposição da maioria dos tios”


“É importante corrigir, mas porque a atitude não está certa e não porque se apanhou trânsito e chega a casa muito cansada para sorrir”


“Procure fazer coisas que tragam sorrisos a todos e boa disposição, nomeadamente ao fim-de-semana para que se possam ir carregando baterias para a semana de trabalho”

terça-feira, 21 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Formação Sábado 4 de Abril


Palestra para Todos Pais XXI: Castigar ou não, eis a questão!Gerir conflitos, teimas e caprichos, bom como a autoridade parental são alguns dos temas que irão ser orientados pela Drª Alexandra Chumbo.


Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro
Local: Sala multiusos
Data: 2009-04-04
Contactos: Tel: 21 754 90 30bib.oribeiro@cm-lisboa.pt
Observações: Entrada livre

quarta-feira, 11 de março de 2009

A propósito do medo do escuro



Fui "repescar" um artigo sobre o medo do escuro, um tema sempre actual...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Entrevista



Entrevista na revista mãe ideal de Março de 2009, páginas 80 a 86 sobre a educação dos filhos.

terça-feira, 3 de março de 2009

Artigo 4kids Março2009





Artigo da revista 4kids do mês de Março sobre música para bebés

Formação Parental


Decorreu hoje, dia 3 de Março a sessão "Educar um filho, um bom desafio" em Setúbal pelas 18h30.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Formação Parental


Formações para pais nos Colégios Fomento:
No Planalto realizou-se no passado dia 19 de Fevereiro a sessão "O desenvolvimento da criança ajudá-la a ter uma boa auto-estima", no Porto o mesmo tema na próxima Sexta feira dia 13 de Março.


Bebés “irritáveis” existem?


Claro que não é suposto um bebé chorar horas a fio, dia e noite, etc, mas é normal que de vez em quando os bebés chorem! Sobretudo os mais pequeninos, e é normal que os pais fiquem aflitos, é normal que se sintam incapazes e é normal que fiquem impacientes!
Existem várias razões que levam os bebés a chorar, sobretudo os recém nascidos e os bebés mais pequenos. O nascimento é um acontecimento que requer uma série de adaptações para os pais mas também para o bebé, que se vê rodeado por outro espaço envolvente, novas luzes cores e sons, estímulos constantes e confusos para a sua ainda muito limitada atenção. Se pensarmos na mudança brusca de ambiente à qual um recém-nascido é sujeito, facilmente conseguimos perceber que chore e se irrite com facilidade mesmo que os pais procurem proporcionar-lhe um ambiente calmo. Quando não se proporciona este ambiente calmo, e estamos perante pais ansiosos, pais incapazes, ou pais negligentes, maior é a probabilidade de irritabilidade do bebé. O mesmo pode acontecer se estivermos perante uma mãe deprimida ou um bebé que tenha determinada doença como veremos de seguida.
Em relação à depressão da mãe, o bebé pode e deve ter um outro prestador de cuidados com o qual estabelece uma relação de vinculação (o pai, uma avó por exemplo) o que significa que o bebé acabará por se sentir amado e cuidado, o que faz com que não fique “irritável”.
O que se passa muitas vezes é que na presença e contacto com a mãe, o bebé sente a tristeza desta e deixa-se também ele entristecer com ela. Os bebés sentem a ansiedade, nervosismo, irritabilidade e tristeza da mãe com muita facilidade. Sentem-no através do toque, da voz e também do cheiro. Isto pode contribuir claramente para que fiquem mais “chorosos” e “irritados”.
No que diz respeito a patologias específicas, podemos afirmar que algumas causarão irritabilidade e sofrimento nos bebés pois provocam mesmo dor física e mau estar geral. Logo, nestes casos, é normal que os bebés se irritem facilmente e se queixem da maneira que lhes é possível: através do choro. Os bebés têm diferentes tipos de choro, que os pais devem tentar apreender e identificar sempre que lhes seja possível, afim de perceber se se trata de uma irritabilidade “ambiental” (qualquer factor externo à criança) ou se o bebé está em sofrimento físico. É impressionante como muitos pais conseguem identificar os “pedidos” dos seus bebés e compreender exactamente as suas queixas.
Logicamente cada criança é única e cada família terá a sua forma de encarar o choro, o importante é não desesperar, não tendo receio de procurar ajuda especializada se necessário.
A maioria das situações conhece um final feliz, embora conte com algumas dores de cabeça e noites mal dormidas…

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

As virtudes humanas na infância


Educar é sem duvida ajudar a moldar uma personalidade, ajudar a enfrentar todas as dificuldades começando pelas dificuldades internas – as nossas limitações.
Sabemos que a educação começa com o nascimento do filho, que não termina nunca (por muito assustador que possa parecer!) e que não é da exclusiva responsabilidade dos pais – embora sejam estes os primeiros e principais educadores.
A educação é sempre um processo único, singular e personalizado, que não tem pausas nem férias e que exige dos pais uma comunicação constante de valores que se vivem pessoalmente. Se pensarmos bem estamos sempre a educar os nossos filhos, estamos sempre a ser exemplo para eles, quando estamos a falar com eles ou exemplificar-lhes especificamente qualquer coisa, mas também em todos os outros momentos que nos observam, quando cozinhamos, quando conduzimos, quando falamos com um adulto na sua frente seja qual for a temática… As crianças precisam de modelos e geralmente gostam de imitar os pais e fazer como eles fazem. Há-de chegar uma altura, em que a criança consegue entender que há coisas que os adultos podem fazer e ela não, mas quando são pequenas as crianças têm dificuldade em perceber que há “coisas dos grandes” e daí a enorme importância de cuidarmos bem todas as nossas atitudes e discurso.
Quando nos debruçamos a pensar sobre a educação dos nossos filhos, pensamos claro está nas virtudes humanas, fala-se tanto na crise económica, mas arrisco-me a dizer que vivemos neste momento uma grande crise de valores, esses valores humanos que nos permitem a todos vivermos mais felizes como pessoas e socialmente mais completos. Valores como a humildade, a generosidade, a obediência, a amizade, a audácia, a justiça, a paciência e a sinceridade entre tantos outros, são de extrema importância na educação das crianças, na formação do seu carácter.
Se nos focarmos nas crianças mais pequenas, podemos centrar-nos em alguns valores que formarão como que uma boa base de estrutura de personalidade nas crianças.
Falemos pois de obediência, uma pessoa obediente é aquela que aceita como próprias, instruções dadas pelo seu superior hierárquico, desde que não vão contra o que é justo, e actua prontamente para levá-las a cabo, de preferência com um sorriso. Analisando pois a obediência, e como a educação é comunicação de valores que se experimentam, o primeiro passo é analisarmo-nos a nós próprios e perceber se de facto somos pessoas obedientes ou pelo menos nos esforçamos nesse sentido, reconhecendo a importância desta virtude. Ser obediente pode ser analisado não só no trabalho ou em contextos específicos de chefia, mas também no próprio lar, quando os pais pedem coisas um ao outro por exemplo. Como gerimos estes pedidos que nos fazem? Como os sentimos e que expressão fazemos quando os recebemos? Como lidamos com a autoridade?
É muito importante uma criança obedecer aos pais, uma criança obediente vai entender os seus limites, cumprir as regras que os pais estabelecem o que a vai ajudar não só presente mas também na sua vida futura.
Além de ser exemplo de obediência os pais devem ajudar as crianças a obedecer ensinar-lhes como se obedece e as coisas boas que tiramos daí.
As crianças podem obedecer por medo, ou porque não há outro remédio a não ser cumprir. Estes são motivos muito pobres. Devemos animá-los, a cumprir por amor, para ajudar os seus pais, e assim começar alguns primeiros passos com relação à virtude da generosidade.
Tão importante como a obediência para criar uma boa base de personalidade é a sinceridade, uma pessoa sincera é aquela que diz o que pensa, quando apropriado, à pessoa indicada, no tempo certo e no contexto adequado. As crianças podem mentir e é natural que o façam, mas também é bom que os pais corrijam desde cedo essas mentiras e incentivem as crianças a dizer sempre a verdade. Atenção que este “dizer sempre a verdade” não retira à criança a possibilidade de brincar no seu mundo imaginário tão construtivo e divertido para ela, neste mundo do fantástico as crianças podem e devem ser livres de fantasiar, é bom é que se lhes explique a diferença e se as ajude a dizer a verdade nos outros contextos que não os da brincadeira.
Sermos exemplos de verdade implica não mentir nunca, nem em coisas pequenas nem em coisas grandes. Se dizemos a uma criança que não se mente e depois quando a levamos atrasada à escola dizemos à professora que apanhámos trânsito quando na verdade não nos levantámos a horas, isso não vale! Vamos baralhar a criança e estas atitudes vão ser altamente desconcertantes para ela, poderá ficar a pensar algo do género: - “Mas o meu pai disse-me que não se mente e nós não apanhámos trânsito nenhum.”
Por último mas não menos importante falemos na virtude da ordem, ser ordenado, arrumado, conseguir usar bem o tempo e lembrarmo-nos das nossas responsabilidades.
As crianças gostam e precisam de rotinas, e as rotinas ajudam-nos muito na virtude da ordem. É preciso ajudarmos as crianças a não desperdiçar tempo, a saber usar o seu tempo livre com produtividade. É preciso ajudarmos os nossos filhos a pensar antes de agir, fomentar que ordenem as suas ideias e clarifiquem os seus pensamentos.
É bom que as crianças percebam que tudo tem um principio, um meio e um fim, isto passa por exemplo quando são pequenas entender um jogo, pensemos num puzzle, retiram-se as peças da caixa, constrói-se o puzzle, arruma-se no fim. Este processo é educativo a longo prazo e permite que a criança tire mais proveito das suas brincadeiras. Por vezes as crianças tiram um brinquedo, depois outro e mais outro e não exploram nenhum na verdade. A virtude da ordem pode inclusivamente ajudá-las a fazer melhor aquilo que fazem tão bem: BRINCAR!
Estas três virtudes formarão uma base sólida para que a seguir a criança adquira mais virtudes na próxima etapa, todas as outras virtudes não podem nem devem ser descuradas da educação, no entanto devemos ser sensíveis ao facto da criança pequena não ter capacidade de entendimento para desenvolver a humildade por exemplo. Digamos que até à entrada para a escola se conseguirmos que as crianças sejam verdadeiras, ordenadas e obedientes não é mesmo nada mau!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Música para bebés



Já se vai tornando senso comum o facto da aprendizagem começar na barriga da mãe, e como é importante o tempo de gestação na vida de uma criança. Desde que há sentidos em formação há aprendizagem, logo, os bebés in útero têm capacidade para aprender e desenvolver imensas capacidades.
Logo 3 semanas após a concepção as células cerebrais começam a formar-se no topo do embrião para formar o cérebro e a espinal-medula. Portanto, logo desde cedo, estímulos agradáveis, portadores de energia criativa, favorecem o equilíbrio emocional, a inteligência e a criatividade. Neste sentido, podemos afirmar que a música pode ter um papel importante para as crianças, papel este que poderá começar logo desde a concepção e estender-se por toda a infância, no caso da criança se mostrar feliz e receptiva à música.
No entanto não vale a pena esforçar-se por “dar música” ao seu bebé durante a gravidez, se a mãe não gosta, pois apenas se a mãe se sente confortável e calma com a música, poderá transmitir boas sensações ao seu filho. Daí a importância da mãe ouvir música que goste independentemente do estilo musical em questão (pode ser rock, clássica, funk, africana etc.).
A audição do feto é muito boa, pois ele está num meio aquático, o que faz com que consiga ouvir os estímulos exteriores com relativa facilidade (embora não tal e qual como os ouvimos nós fora da barriga) e a audição resulta de uma aprendizagem feita durante o período de gestação.
Assim, quando o bebé nasce é natural que reconheça não só a voz da mãe e do pai, mas também as músicas escutadas com mais frequência durante a gravidez, sendo que é possível que estas o acalmem pois vão trazer-lhe certamente boas recordações ao mesmo tempo que lhe podem transmitir alguma segurança pois ser-lhe-ão “familiares”.
Ao escutar sons que lhe são familiares, o bebé ganha confiança e segurança, o que faz com que esteja mais bem disposto e feliz!
É o seu ouvido apurado que lhes dá sensibilidade para a música, numa experiência realizada numa instituição britânica constatou-se que os recém nascidos parecem saber como a música deve soar, mostrando desde logo preferências! Ao tocar as 4 estações de Vivaldi, a reacção dos bebés foi muito positiva, no entanto ao passar novamente a composição mas de trás para a frente, tudo mudou!
A musicalidade desenvolve-se através de estruturas cerebrais que se constituem logo nos primeiros anos de vida, e como todos sabemos, o primeiro ano de vida de um bebé é importantíssimo.

Algumas sugestões de actividades para fazer com bebés ao som de música, deixando-se guiar pelas suas vibrações:

Cantar e dançar – os bebés regra geral gostam que lhes cantem e que os embalem ao som da música, sentindo o aconchego do corpo da mãe/pai (e com a menor quantidade de roupa possível afim de favorecer o toque pele a pele) experimente cantar uma música que goste ao seu bebé e dançar ao som da mesma, fazendo alguma “ginástica” com todo o seu corpo. O bebé vai gostar de sentir todas as vibrações, no entanto procure não fazer movimentos muito bruscos, vá “conquistando" a confiança do seu filho e gradualmente vá crescendo nos movimentos.
Fazer massagens – numa temperatura agradável que lhe permita despir o bebé, ou pelo menos tirar-lhe alguma roupa, coloque a sua música favorita e deixando-se levar por ela acaricie o seu bebé nos pezinhos, mãos, costas, pernas e barriga. Pode inclusivamente deitá-lo de barriga para baixo e brincar com ele ao som e ritmo da sua canção favorita (que poderá tornar-se ou não a dele também!)
Mostrar objectos/brinquedos – no fundo pode brincar com o seu bebé ao som da música tirando partido desta para fazer girar objectos, fazer “danças” com brinquedos, etc. Experimente colocar um boneco/bola coloridos em cada mão e alternadamente fazê-los girar ao som da música. Procure “fugir” do campo visual do bebé estimulando assim que movimente a cabeça e os olhos na sua direcção. Tente depois fazer girar os dois objectos em simultâneo e descubra qual aquele que o bebé prefere e porquê!
Olhar-se ao espelho – Em frente a um espelho grande e com a música como fundo, proporcione-lhe o seu sorriso e deixe-o desfrutar do espelho ao seu colo, vai ver que ele vai deliciar-se!

Todas estas actividades são apenas sugestões que os pais podem e devem adaptar à sua família e realidade. Há bebés que poderão gostar muito delas e outros que não! Os pais e educadores que tão bem conhecem os seus bebés poderão decidir as que melhor se adaptam e a melhor altura do dia para as realizar, pois a predisposição do bebé é fundamental para que desfrute delas!

Realizado por: Alexandra Chumbo
alexandrachumbo@hotmail.com 962345480
Psicóloga Clínica http://www.estimulopraxis.com/

domingo, 15 de fevereiro de 2009

educação dos filhos

Um video bastante ilucidatório, que nos mostra como em tudo devemos e temos de ser exemplo para os nossos filhos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Formações




Terminou ontem a Jornada Educativa no colégio Atântico em Pinhal de Frades, o programa foi o seguinte:

1ª Sessão: O Desenvolvimento da criança

Ajudá-la a ter uma boa auto-estima


2ª Sessão: Como gerir conflitos, teimas e caprichos

Castigar ou não, eis a questão!


3ª Sessão: Amar é educar

As virtudes humanas na infância

Foi muito interesante e gratificante para mim este trabalho no colégio atlântico, apesar de tantas formações que já dei sobre a educação dos filhos, estas sessões tiveram uma riqueza especial, afinal, como cada criança também cada sessão sobre educação dos filhos é única, cada grupo de pais é único!Muito obrigada a todos os pais que enriqueceram estas formações com os seus testemunhos, com as suas questões ou simplesmente com a sua presença.

Conversar sobre a educação dos filhos




Educação e televisão


Temos de concordar que a televisão é inimiga do diálogo, e o diálogo é regra de ouro na família. A televisão, embora possa ter algumas coisas boas, se não é usada com prudência e sabedoria pode "disfarçadamente" deseducar os filhos e desencorajar hábitos que tanto trabalho deram aos pais a fomentar. É imprescindivel ter muita atenção e cuidado com os média, nomeadamente com a televisão. A regra deve ser a televisão apagada, sobretudo durante as refeições. Quem acende a televisão devem ser os adultos, sendo que os filhos se quiserem terão de pedir autorização aos pais para verem determinado programa. O deixar ou não ver determinado programa, concurso, filme ou documentário, deve ser uma decisão ponderada pelos pais com base na qualidade do programa em si e não com base no comportamento da criança ou na sua vontade. Há de facto algumas coisas boas na t.v., ela pode proporcionar um entretenimento saudável e moderado se for usada de forma razoável e inteligente (como meio de unir a família portanto! e não o oposto).O ideal é que haja apenas um aparelho de televisão na casa, isto dá aos pais um maior controle e faz com que todos sejam mais responsáveis na sua utilização. O desejado é que a família possa assistir em conjunto a bons programas, filmes, eventos desportivos, que sejam fonte de diálogo, de troca de ideias, risos e emoções em conjunto. Claro que as crianças podem fazer sugestões e pedidos para ver determinada série, mas são os pais que decidem como, o quê e quando (depois de se informarem bem acerca do programa e do seu conteúdo educativo). Esta liderança enfatiza a autoridade dos pais.O que os pais devem procurar no uso moderado da t.v. não é apenas proteger as crianças, mas também ensiná-las a discernir por meio de critérios firmes, o que é bom e o que é mau.Quando se tem um controlo sobre a televisão e esta sai "do centro da sala", acontecem espaços de tempo (inicialmente estranhos mas depois maravilhosos) para a vida em família. Mais tempo para pais e filhos se conhecerem, jogarem juntos, lerem bons livros, ajudarem-se mutuamente nas tarefas de cada um... Regra de ouro: saber tirar o melhor partido do pequeno ecrã!

Bons Pais Precisam-se!


Há uma boa notícia a dar no que diz respeito à educação dos filhos... qualquer um pode ser um bom pai! Ou seja, teoricamente qualquer ser humano que pratique o bem, saiba usar de bom senso e se esforce nesse sentido, pode dar uma boa educação aos seus filhos. Tenhamos pois esperança!Apesar de todas as contrariedades da sociedade em que vivemos, apesar do consumismo, da televisão, da falta de diálogo, do stress, etc, etc, etc... há muitos pais que têm sucesso na sua missão de educadores, ultrapassando todas as contrariedades da vida, conseguindo que os seus filhos se tornem verdadeiros Homens/Mulheres de palavra, carácter, e cheios de virtudes na sua maneira de agir.Ao que parece estes pais não têm um perfil especifico ou uma personalidade "tipica" que lhes permite o sucesso na educação, muito pelo contrário, existem diferentes formas de ser "bons pais", consoante a personalidade de cada um. Alguns podem ser mais compreensivos e calmos, outros mais seguros de si, uns podem ser lideres natos, outros mais reflexivos... Há bons pais que cresceram em lares equilibrados e felizes e bons pais que nasceram no seio de famílias disfuncionais e tristes (mas estão determinados a não seguir o exemplo que tiveram).Apesar das diferenças de temperamento inevitáveis no ser humano, há algumas características comuns aos "bons pais" que não resisto a comentar, embora estas variem depois em pormenores de família para família:)Os pais bem sucedidos geralmente estabelecem elevados graus de maturidade para os seus filhos, esperam que os filhos sejam melhores que eles em todos os aspectos, nunca perdendo a esperança nem a paciencia para os corrigir, orientar e direcionar sempre.Os pais bem sucedidos vivem a unidade do casal e tranparecem isso aos seus filhos, amando o marido/mulher, o pai/mãe mostra ao filho como se esquece de si e serve as necessidades do outro. Se o pai honra a mãe, também o filho a honrará, se a mãe trata com carinho o pai, também a filha o fará. Neste sentido é frequente que os pais se ilustrem como exemplo um ao outro para explicar coisas aos filhos. Cada membro do casal deve pois "engrandecer" o outro, pois a reputação também traz respeito.Os pais bem sucedidos esforçam-se por não discutir em frente dos filhos, pois percebem que isso não é bom para a dinâmica familiar, isto não quer dizer que não troquem ideias nem que não tenham diferentes pontos de vista, o que até pode ser enriquecedor. Contudo, em relação a questões da educação convém que os pais se ponham de acordo e se apoiem sem nunca se contradizerem em frente às crianças, caso contrário a sua autoridade será seriamente posta em causa.Os pais bem sucedidos esforçam-se por colocar o orgulho de lado e saber pedir desculpas quando cometem erros, desta forma também os filhos vão perceber que é bom arrependermo-nos das ofensas que causamos às outras pessoas.

Amar é educar





Pode parecer "ingrato", pois todos os pais têm apenas uma e só uma oportunidade na vida de educar bem os seus filhos, convém pois que a aproveitem e proporcionem aos seus filhos a melhor educação possível.É certo que as crianças são também fruto do meio que as rodeia e das relações que estabelecem com outras pessoas que não os pais, mas também não há dúvidas em relação ao papel determinante dos pais na formação do carácter dos filhos.Bom, proponho-me isto por vários motivos, em primeiro lugar por ser mãe, e como mãe sentir o desejo enorme de formar bem os nossos filhos, não se tratando apenas de preservar o seu carácter mas sim de o formar! Em segundo lugar como psicóloga que trabalha com crianças e seus pais, e que tem constatado sérias dificuldades e pedidos de ajuda por parte destes que aflitos e com razão sentem que a boa vontade e o querer não chegam...A educação dos filhos é a maior responsabilidade que temos a nosso cargo, sendo que a nossa tarefa é formar "adultos" e não crianças, devemos desde cedo apostar em educar o seu autodominio, ou seja, a capacidade de se negarem a si próprios, de desfrutarem as coisas boas da vida com moderação, de prescindir dos "louros" e gratificações, de ser "senhor/a" de si. Desde cedo também devemos apostar na educação da coragem, coragem em superar as dificuldades, mesmo a falta de conforto físico e a dor. Certamente já reparámos que muitas vezes as crianças caem, e por vezes se ninguém olha para elas continuam a sua brincadeira levantando-se contentes da vida, mas se olhamos ou tecemos qualquer comentário desatam num pranto... Aqui começa a educação da coragem:)!O ser prudente, ser capaz de fazer bons raciocinios das coisas e das pessoas, de perceber o que é bom e o que é mau o que é feio e o que é bonito, também não pode ser descurado desde a infância, o mesmo acontece com a noção de justiça, que implica a aceitação do outro, esse outro que tem direitos e que também me cabe a mim tratar da sua felicidade.Como é que nós passamos estas coisas tão importantes às crianças? Bom, em primeiro lugar, passamos pelo exemplo, pelo exemplo que nós pais damos aos nossos filhos e pelos exemplos que proporcionamos que eles vejam dados por outros. As crianças imitam com satisfação os pais e outros adultos! Em segundo lugar passamos estas coisas pela prática dirigida, ou seja, por aquilo que as crianças são levadas a fazer uma e outra vez pelos pais repetidamente, até apreenderem um determinado comportamento. E em terceiro lugar, mas não menos importante, as crianças também aprendem através da explicação verbal que lhes é dada, pois as palavras também são muito importantes na educação.Para sermos bons pais, como certamente já constataram, temos efectivamente de ser pessoas melhores, devemos esforçar-nos por isso, por ser "pessoas exemplo" - exemplares. Portanto, graças aos nossos filhos, também nós podemos (e devemos) aperfeiçoar o nosso carácter e engrandecer o nosso coração!
Alexandra Chumbo
Psicóloga Clínica
http://www.estimulopraxis.com/
962345480

Bebés "Irritáveis"


Em cima do teclado do computador tinha uma fotocópia de um mail, da revista "Crescer" com umas perguntas que deveria responder o mais rápido possível, para um artigo que deveria ter sido feito "ontem" (os jornalistas são todos assim?) sobre bebés "irritáveis". Aqui ficou a folha, esperando o tempo livre desta mãe psicóloga, que geralmente é... lá mais para a noite...Acontece que o pai hoje veio a casa mais cedo (atípico) e resolveu colaborar... e eu não resisto a partilhar convosco algumas das suas respostas, escritas à mão por baixo das perguntas da jornalista:)Pergunta 5 - "O que é feito para detectar as causas do choro?" Resposta: Primeiro abana-se o bebé e depois os pais gritam.Pergunta 7 - "Em relação a esta situação (irritabilidade do bebé), existem alguns mitos que procurem desmistificar junto dos pais? Quais são?" Resposta: O mito do bebé calminho... só se for o bebé do vizinho.Pergunta 8 - "Segundo a vossa experiência, a maioria das situações de choro irritável e prolongado conhece um final feliz?" Resposta: Sim. O bebé acaba por crescer e os cabelos brancos dos pais aumentam...

Educação dos filhos

Um blog que pretende reflectir sobre a educação dos filhos no qual vão ser colocadas algumas mensagens "antigas" que figuravam num blog mais pessoal, o "mamã e galinha".
Profissionalizando a coisa, este blog pretende ser descontraído... vamos ver o que vai sair daqui!